25 de fev. de 2011

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O pior escritor do mundo, é uma serie de textos, escritos por um personagem fictício.
Luiz tem nome comum, e vida mais comum ainda, e você é quem sabe, se é ou não, aquilo que te faz ler.



Luz no vitrô

Quando decidi ser escritor, a luz que atravessava o vitrô era minha inspiração, não era a única, mas era a mais forte, sempre ia ao banheiro nos dias de sol, aquela luz irradiava meus pensamentos.
Sim, o vitrô era no banheiro, e quando pensei pela primeira vez, em fazer dos meus textos, algo para humanidade, foi sentado no trono, de calças arriada, que fui adiante. Não que simples historias, sobre qualquer coisa, faria a humanidade parar e ler. Dos problemas do mundo eu sei pouco, das atualidades sou desatualizado, sei das pessoas, e essas, não param pra ler sobre qualquer coisa.
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Dia ruim, chove há horas, o calor sobe na forma de mormaço, e o sol não deu as caras. Nos intervalos das nuvens, corro pro banheiro na busca da inspiração... nada, nem um raiozinho de luz natural. E com a chuva que não para, o Luke, late e anda de um lado pro outro – Luke, meu companheiro de apartamento, não tem nem um ano, e já pensa que é cachorro. Ele também quer o sol, quer latir lá fora, pra qualquer um, pra depois correr de medo do primeiro que reagir.
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Anoiteceu, só funciono essa hora, acompanhado do barulho e da cerveja do boteco, mas a chuva não movimenta nem minha inspiração, e a cerveja perdeu o contexto por hoje. Descobri que a luz da lua no vitrô, também funciona, mas ela é tímida, se vai com a luz do notebook.
Talvez amanhã.


#Sol só amanha – amanhã só sol – amanhã sol só – só amanhã sol -