10 de ago. de 2010
Postado por
Paulo Matavelli
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- Olha! ...Ta vendo?
- To, o mar é lindo.
- Não, ta vendo o horizonte?
- To.
- Consegue ver seu futuro?
Virou-se, e olhou para cara do amigo que estava vidrado olhando para a imensidão do horizonte.
- Meu futuro não esta ali!
- O meu esta, é bem ali que quero chegar.
- Pega um barco, logo estará lá.
- Não seja ridículo, nunca reparou que um barco some antes de chegar lá?
A expressão de preocupação rasgava ainda mais o rosto.
- Calma, é só o horizonte, ta louco?
- É meu futuro,mais claro do que nunca!
- Você esta me assustando, aquilo é o horizonte e nada mais. Vamos mudar de assunto!
O deslumbrado rapaz gargalhou, suspirou e mudou de assunto.
- Sabe, vou fazer uma tatuagem.
- Você claramente esta louco, bebeu algo antes de vir a praia?
- Amigo, sabe o quanto gosto de musica, um símbolo musical desenhado no meu corpo é uma singela homenagem a minha paixão.
- É um desenho que não sai! É para vida toda, chega de devaneios, você não esta são.
- Uma clave de sol no pulso esquerdo, vai ligar a minha paixão direto para o coração.
- Pare, vamos embora agora.
Irritado com os pensamentos do amigo, se levanta rapidamente, mas antes que pudesse fazer algo, o deslumbrado completa.
- Como consegue chamar o horizonte de "Aquilo", é o encontro do céu com o mar, nada é mais contemplativo do que isso.
A expressão preocupada havia sumido de seu rosto, e aos poucos, a duvida tomava seu rosto e pensamentos. Finalmente dando credito ao amigo virou-se para horizonte e ali ficou por minutos, em silencio e pensativo finalmente sentou. Agora um sorriso apagava toda e qualquer outra expressão de seu rosto, olhou para o amigo e disse:
- A tatuagem, desenhe direto em seu peito, do lado esquerdo claro, assim sua paixão não precisara correr por todo seu braço.
5 de ago. de 2010
Postado por
Paulo Matavelli
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Acabou com um ponto final,
Não teve virgula, espaço, ou outra linha.
Pelo travessão disse:
- Não da.
E chegou ao fim, sem tempo para meus dois pontos:
- Mas...
- Não da, não adianta.
Fiquei na interrogação, não sabia, não entendia... qual era a lição?
Nas aspas disse que não era "suficiente"... pensei ... pensei ... pensei.
Nas reticências se foi, nas reticências fiquei, e ponto.
Acabou com um ponto final,
Não teve virgula, espaço, ou outra linha.
Pelo travessão disse:
- Não da.
E chegou ao fim, sem tempo para meus dois pontos:
- Mas...
- Não da, não adianta.
Fiquei na interrogação, não sabia, não entendia... qual era a lição?
Nas aspas disse que não era "suficiente"... pensei ... pensei ... pensei.
Nas reticências se foi, nas reticências fiquei, e ponto.
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Paulo Matavelli @matacolors 24 anos. Artilheiro da ironia, uso as palavras a meu favor, designer de consequencia criativa e pseudo escritor. mais +
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